11 de fev. de 2012

Textos perdidos no arquivo #001

Friccionas o carvão no papel, fazendo uma mancha cinzenta, brilhante.
Vai tomando forma, vais construindo mancha a mancha um desenho.
Dás-lhe sombras, espalhando-o com o dedo e vai ganhando um certo relevo.
Olha-lo com carinho, e a confiança cresce dentro de ti, acha-lo bonito.
Pendura-lo numa parede e esperas que seja reconhecido, que lhe atribuam valor.
E depois, de tanto esperar, acabas por te esquecer dele, na parede, por se ter tornado parte da mobília, vulgar.

Encontrei isto marcado como rascunho, é do ano passado.

Um comentário: