9 de fev. de 2016

Até que não mais me assombres

Pensava que já tinha passado, que tinha sido aquela fase irritante que tinha custado passar, mas que já tinha sido superada, e foi, de certa forma.
Pensei que caso viesses á minha procura que te rejeitaria, sem olhar para trás, sem sentimento do que "poderia ter sido", o que de certa forma, também é verdade...
Mas, cheguei a conclusão que, se me dissesses agora, com toda a tua honestidade, que gostavas de mim, que me querias para ti, que querias ser um nós, eu acreditava. Acreditava, e ia atrás de ti, aceitava, ficava contigo, derretia-me por completo e ia na tua conversa. E já se passaram 3 anos, ou mais, acabo sempre por perder a conta, passou tão rápido e tão devagar ao mesmo tempo.
A verdade é que, se isto acontecesse mesmo, sei bem que te rejeitaria, rejeitar-te-ia sim, porque sabia que não ia ser verdadeiro, sabia que não ias sentir tanto por mim como eu iria conseguir sentir por ti, sei que não seria eterno, o fim estaria próximo e ias magoar-me novamente.
Mas aquele momento, aquele pequeno momento... Eu ia hesitar, porque foram tantos anos, tanto tempo a olhar para as tuas novidades, com medo de me cruzar contigo na rua e ter de encarar a tua cara, o teu desprezo.
Provavelmente hoje, se nos cruzássemos, até ias ser simpático, mas para mim seria estranho, para sempre te ia ver a cara tensa, chateado, desprezando-me, ignorando-me, depois de ti todas as pessoas que sequer me tentaram magoar, não conseguiram, depois de ti, o que os outros causaram pareceu insignificante.
Espero um dia, como tu, encontrar alguém que me faça esquecer todos os outros, e por conseguinte esquecer-te a ti, conseguir perdoar-te, conseguir olhar para ti como "apenas mais uma pessoa".
Não vou publicar este texto, vai ficar aqui nos rascunhos até me deixares de assombrar, espero que o fim esteja próximo...  
22:40 7/11/2015