25 de jan. de 2015

Singularidades do Viver #005


"Nunca soube, se pintaria os lábios do vermelho carnal e desconcertante do teu coração, de modo a ir de encontro ao teu súbito palpitar no momento que olhavas para a rapariga delicada de cabelos longos que apanhava todos os dias o mesmo comboio que tu.
Ou se os pintaria do mesmo vermelho espesso e escarlate do meu sangue que se esvaía de mim lentamente todos os dias, ao apanhar o mesmo comboio e assistir ao teu enrubescer espontâneo ao pousar os olhos nela. 
Há histórias que acabam antes de começar."