1 de fev. de 2012

É como se fosse assim...

"Tu gostas demasiado dele, mais do que devias. Isso tolda o teu raciocínio e ficas mal. Vês coisas onde elas não existem."
Faz-me confusão, porque parece que faz de propósito, parece que o faz para me provocar, mas talvez a mensagem tenha razão, talvez eu ande a ver coisas que não existem. A verdade é que esta situação não pode continuar. Mas a culpa é dele, toda dele.
Já antes existia faisca na nossa amizade, ele não se contentou com a faisca e pegou-lhe fogo. Depois, assustado fugiu do fogo e deixou-me a arder, sozinha.
Mas eu sou assim, apego-me ás pessoas e gosto de sentir este fogo metafórico.
Hoje, tal como em tantos outros dias pensei em confessar que ainda estava a arder, mas depois, pensei em seguir em frente, de vez. O problema é que há uma enorme parede á minha frente que não consigo saltar, é impossível de atravessar, tem o dobro do meu tamanho e aparenta ser mais larga que o muro de Berlim. E enquanto isso, enquanto não consigo atravessar este muro, vou contornando-o.
Mas enquanto o contorno, o fogo não se desvanece, continua a crepitar a minha volta, e lambe até o muro, desesperadamente procurando pela outra pessoa que deveria de igualmente alimentar a fogueira.
No fundo é isso, continuar a contornar o muro até encontrar solução, é o que faço, porque saltar é demasiado alto e porque para escavar por baixo torna-se sujo e violento.

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