Foi levar uma sova pelo amor abandonado, foi arrancar-se nacos de coração onde a amizade estava guardada, e depois, foi afiar a língua para que a alma dorida afiasse as unhas e se sentisse injustiçada, ou até mesmo para que se sentisse mal pela sova que apanhou, pelos bocados de carne que lhe foram indevidamente arrancados, pelas nódoas negras nas carnes moles e o coração de papel amachucado, que foi apertado de forma a que os vincos permaneçam marcados no papel, ficando assim inapto, posto de lado, a espera do dia em que será reciclado para ser um coração de cartão, mais difícil de sofrer tais vincos.
Os vincos ficam marcados, é certo. Mas dá sempre para escrever por cima.
ResponderExcluirGosto do texto, da crueza, dos "nacos". E gosto da música :)