29 de nov. de 2011

Finalmente está tudo bem, tudo bem como eu tinha desejado, deu-se aquele pulo no tempo, e nada aconteceu.
Nada aconteceu porque não nos atrevemos a tocar no assunto, é como aqueles mendigos, podres de bêbados e aceitadores do seu destino ingrato, num canto qualquer de lisboa, eles estão lá, mas ninguém fala deles, ninguém quer falar deles, ninguém olha para eles e quando as crianças curiosas os observam a mamã diz-lhes "Não olhes", a mamã não sabe explicar porque não, mas é assim, é como se de uma regra inevitável se tratasse. 
É daquelas coisas, Tabus, é isso, aquele nosso período de tempo, louco do coração, tornou-se um Tabu, um assunto sensível, e não sei se é assim que pensas, mas evito isto porque tenho medo da tua reacção, que voltemos aos últimos dois meses em que reinava aquele silêncio sepulcral.
Por isso brindemos às histórias mal resolvidas, que nunca se chegarão a resolver.
Porque às vezes é assim que elas ficam melhor arrumadas.

Um comentário:

  1. Boa música e excelente texto. Ás vezes, as histórias mal resolvidas acabam por se tornar aquelas tralhas que só vemos de anos em anos, perdidas em gavetas poeirentas. Lembramo-nos, rimos, e deixamo-las estar, já fazem parte da mobília.
    E o Neil Patrick Harris é o maior desperdício deste mundo, ai...

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