1 de set. de 2011

Fora de época.

Escuro e húmido, é assim que sentes o ambiente, o céu, e parece que foi um vulcão que entrou em erupção.
No entanto, chove tudo menos cinzas, é uma chuva miudinha, que não dá para ver e só se sente um tempo depois quando a pele já está encharcada e a roupa esquisita da humidade.
E cheira a queimado, do carvão a crepitar nas lareiras ou apenas alguém que decidiu fazer um churrasco molhado.
Não sei se é melhor esta chuva miudinha ou aquela que chove farta, com pingas grandes de tanta humidade agrupada, que caiem no chão e fazem barulho, e que vêm sempre acompanhadas com vento, que ruge pelas ruas como se de implacável animal se tratasse, que vira chapéus-de-chuva ao avesso, arranha as janelas com rispidez e que bate as portas rudemente.
E os anunciados trovões ainda não marcaram presença.
Resta-nos ficar no conforto do nosso lar, aguardando que o sol volte.

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